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Controle Biológico da Mosca-Branca: Evidências Científicas e Novas Perspectivas Tecnológicas

Introdução

A mosca-branca (Bemisia tabaci) é uma praga polífaga que ataca mais de 600 espécies de plantas, incluindo culturas de soja (Glycine max) e feijão (Phaseolus vulgaris). Nos últimos anos, essa praga deixou de ser secundária e passou a ser considerada chave nessas culturas no Brasil. Os prejuízos decorrem da sucção de seiva e injeção de toxinas pelas ninfas e adultos, causando murcha, queda prematura de folhas e redução no enchimento de grãos. Além dos danos diretos, a mosca-branca transmite mais de 130 vírus de plantas, como o vírus do mosaico dourado do feijoeiro e o vírus da necrose do caule da soja, que podem comprometer 100% da produção em infestações severas. O manejo convencional baseia-se em inseticidas químicos, porém o uso intensivo favorece populações resistentes e impactos ambientais. Nesse contexto, o controle biológico com agentes microbianos vem ganhando destaque como alternativa sustentável e eficaz dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP).

Agentes microbiológicos – incluindo bactérias entomopatogênicas e fungos entomopatogênicos – têm sido desenvolvidos como bioinseticidas para a mosca-branca. No Brasil, há atualmente 37 produtos microbianos registrados para controle de mosca-branca, sendo 34 à base do fungo Beauveria bassiana e 3 à base de Isaria fumosorosea (novo nome: Cordyceps fumosorosea). Este artigo explora as evidências científicas sobre a eficácia de Chromobacterium subtsugae (bactéria), Metarhizium anisopliaeIsaria fumosorosea e Beauveria bassiana (fungos) no controle da mosca-branca em soja e feijão – tanto isoladamente quanto em combinações –, comparando resultados de pesquisa, e discutindo vantagens, limitações e modos de aplicação desses bioinsumos.

Agentes microbianos no controle da mosca-branca

Bactéria entomopatogênica Chromobacterium subtsugae

C. subtsugae é uma bactéria do solo que produz metabólitos inseticidas, como violaceína, cianeto de hidrogênio e quitinases, capazes de afetar diversos insetos-praga quando ingeridos. Bioinseticidas formulados com esta bactéria (ex.: Grandevo®) têm mostrado atividade contra mosca-branca, percevejos, pulgões e ácaros. Em bioensaios laboratoriais, C. subtsugae demonstrou efeitos letais significativos sobre B. tabaci, comparáveis a inseticidas químicos convencionais. Por exemplo, estudos usando a técnica de imersão foliar relataram redução de ~74% na eclosão de ovos e mortalidade de 94,8% de ninfas e 76,5% de adultos da mosca-branca, em concentrações altas, efeito próximo ao obtido com o inseticida spirotetramato. Apesar da ação principalmente por ingestão (necessitando que a praga se alimente da planta tratada), essa bactéria oferece a vantagem de atuar em diferentes ordens de insetos e não deixa resíduos tóxicos persistentes. Além disso, devido ao seu modo de ação múltiplo (toxinas e enzimas), C. subtsugae pode ser útil no manejo de populações de mosca-branca com resistência a químicos.

No campo, produtos à base de C. subtsugae são aplicados via pulverização foliar, similares aos inseticidas convencionais. Uma boa cobertura das plantas é essencial para que a bactéria seja ingerida pelas moscas-brancas. Vale ressaltar que, diferentemente dos fungos, a eficácia de C. subtsugae não depende diretamente de alta umidade, embora altas temperaturas e radiação solar possam degradar seus metabólitos inseticidas ao longo do tempo. Estudos indicam ainda efeitos subletais mínimos dessa bactéria sobre o desenvolvimento da mosca-branca, ou seja, não retardando significativamente o ciclo do inseto – o que pode ser positivo para evitar sobreviventes sub-expostos por muito tempo. Em resumo, C. subtsugae surge como um aliado promissor, especialmente em programas de manejo que buscam reduzir a carga de químicos, mas deve ser integrado a outras táticas para melhor resultado.

Fungos entomopatogênicos (B. bassianaM. anisopliae e I. fumosorosea)

Os fungos entomopatogênicos infectam a mosca-branca por contato direto. Seus conídios aderem à cutícula do inseto, germinam e penetram internamente, produzindo toxinas e consumindo os tecidos do hospedeiro, levando-o à morte em poucos dias. Após matar o inseto, os fungos esporulam no cadáver, podendo disseminar novos conídios e contagiar outras moscas-brancas na lavoura. Esse efeito epizoótico é uma grande vantagem no campo, pois o fungo pode continuar atuando mesmo após a aplicação inicial, desde que as condições ambientais sejam favoráveis (umidade relativa > 65% e temperatura em torno de 25–30 °C). Entretanto, insolação intensa e clima muito seco podem limitar a performance, sendo indicado aplicar no final da tarde ou em horários úmidos para otimizar a infecção.

Os principais fungos utilizados contra a mosca-branca são Beauveria bassianaMetarhizium anisopliae e Isaria fumosorosea. A Tabela 1 resume resultados de eficácia obtidos em pesquisas científicas para essas espécies na cultura da soja.

Tabela 1. Eficácia de agentes microbianos no controle de B. tabaci em soja, com dados de estudos científicos (condições controladas e de campo).

Agente microbianoDesempenho no controle em soja
Chromobacterium subtsugae (bactéria)~74% de redução na eclosão de ovos; ~95% de mortalidade de ninfas; ~76% de mortalidade de adultos (comparável a inseticida químico em bioensaio).
Metarhizium anisopliae (fungo)45–70% de mortalidade de adultos aos 7 dias após tratamento (2×10^5 conídios/mL). Destaque para maior eficácia contra ovos e ninfas jovens em comparação a outros fungos em ensaio de campo.
Isaria fumosorosea (fungo)>77% de mortalidade de ninfas em teste de pulverização foliar (10^7 conídios/mL). Eficácia semelhante ou superior à de B. bassiana em muitos isolados testados.
Beauveria bassiana (fungo)45–75% de mortalidade de adultos aos 7 dias (2×10^5 conídios/mL). Também alcança >77% de mortalidade de ninfas em aplicação a 10^7 conídios/mL, mostrando alta virulência.

Na soja, esses fungos têm se mostrado ferramentas viáveis no MIP. Por exemplo, isolados de B. bassiana e I. fumosorosea causaram mortalidade acima de 77% em ninfas de mosca-branca, desempenho significativamente melhor que o de Lecanicillium muscarium (fungo usado no exterior para estufas) nas mesmas condições. Em testes de campo, verificou-se que M. anisopliae pode oferecer controle ligeiramente superior nos estágios de ovo e ninfas iniciais, enquanto B. bassiana e I. fumosorosea atuam fortemente sobre ninfas de todos os ínstares. A ação lenta dos fungos (morte do inseto em 3–7 dias) é compensada pelo efeito de infecção secundária e pela redução de oviposição das fêmeas doentes. Ademais, controlar os adultos é importante para minimizar a dispersão e transmissão de vírus; embora as ninfas sejam mais difíceis de atingir dentro do dossel das plantas, os adultos tendem a ocupar o terço superior, ficando mais expostos às pulverizações. Estudos de distribuição mostram que ninfas mais velhas se concentram nas folhas inferiores da soja, o que pode dificultar o contato com sprays e permitir reinfestações rápidas. Isso reforça a necessidade de uma boa cobertura na pulverização e de estratégias integradas.

No caso do feijão, cultura de porte menor, a cobertura da pulverização atinge melhor a praga, mas as altas temperaturas em regiões produtoras podem atrapalhar a performance dos fungos. A Tabela 2 compila resultados de eficácia obtidos para mosca-branca em feijão.

Tabela 2. Eficácia de bioinsumos microbianos no controle de B. tabaci em feijão (resultados de pesquisa).

Agente microbianoDesempenho no controle em feijão
Chromobacterium subtsugae (bactéria)Atua contra mosca-branca; em outras culturas hospedeiras obteve ~76% de mortalidade de adultos. Nota: ainda há poucos dados publicados especificamente em feijão.
Metarhizium anisopliae (fungo)Eficácia significativa contra B. tabaci em feijoeiro; mortalidade de adultos na faixa de ~50–70% em condições controladas. Conídios aplicados em folhas de feijão infectam ovos e ninfas, contribuindo para reduzir futuras gerações.
Isaria fumosorosea (fungo)63,7–87,8% de mortalidade de ninfas de 1º–3º ínstar (dose 5×10^7 conídios/mL) em casa de vegetação. Nos 4º ínstares, ~36% morrem antes de emergir e até 99,5% dos adultos emergentes sucumbem à infecção fúngica subsequente.
Beauveria bassiana (fungo)Controle semelhante ao de M. anisopliae; estudos relatam ~75% de mortalidade de ninfas e adultos em até 7 dias após aplicação em laboratório. Isolados brasileiros mostraram alta patogenicidade em mosca-branca em feijão, comparável a I. fumosorosea.

Nos experimentos com feijão, destaca-se o trabalho de Boaventura et al. (2021), no qual isolados de I. fumosorosea obtiveram até 88% de mortalidade de ninfas jovens e infectaram quase 100% dos adultos provenientes de ninfas tratadas. Esse nível de controle demonstra o potencial do fungo em interromper o ciclo da praga. B. bassiana e M. anisopliae também vêm sendo investigados no feijoeiro; embora não tão abundantes, os estudos indicam eficácia comparável, dependendo da dose e cepa utilizada. Vale lembrar que diferentes isolados podem variar em virulência, e fatores como a temperatura ambiental podem influenciar os resultados (fungos como M. anisopliae tendem a tolerar melhor temperaturas mais altas do que alguns isolados de B. bassiana). De modo geral, porém, todos esses agentes oferecem reduções substanciais nas populações de mosca-branca em feijão quando aplicados corretamente e nas condições adequadas.

Estratégias de combinação e integração

Nenhum método isolado costuma proporcionar controle completo da mosca-branca, especialmente em campos extensos. Por isso, pesquisadores têm avaliado combinações de táticas. Uma abordagem promissora é a aplicação sequencial de inseticida químico seguido de biológico, ou seja, primeiro reduzir rapidamente a população com um produto químico de choque e, alguns dias depois, aplicar o fungo para infectar remanescentes e atrasar a recolonização. Em soja, Bevilaqua et al. (2023) observaram que um programa integrado assim (químico + fungo entomopatogênico após 10 dias) foi o melhor tratamento, alcançando 60% de eficácia de controle em adultos e 34% em ninfas na primeira safra, e até 83% (adultos) e 53% (ninfas) na segunda safra – resultados superiores tanto ao uso somente de químicos quanto somente de fungo. Essa sinergia ocorre porque o químico derruba a infestação inicial e o fungo persiste infectando os indivíduos que escapam ou migraram após o efeito do inseticida, mantendo a população sob nível de dano.

Outra possibilidade é a combinação de agentes microbianos entre si. Estudos laboratoriais indicam que misturar esporos de M. anisopliae e B. bassiana pode ampliar o espectro de ação e assegurar que tanto fases jovens quanto adultas da mosca-branca sejam afetadas simultaneamente. Cada fungo pode ter desempenho ligeiramente diferente conforme o estádio da praga ou micro-habitat na planta, então a aplicação conjunta (ou de diferentes isolados em rotação) “fecha o cerco” contra a praga. No entanto, é fundamental verificar a compatibilidade entre microrganismos – em alguns casos pode haver antagonismo ou competição entre cepas se aplicadas juntas no mesmo tanque. Por isso, a recomendação é que combinações sejam testadas previamente ou comercializadas já prontas, quando disponíveis.

Vantagens, limitações e modos de aplicação

Vantagens: Os agentes microbiológicos oferecem segurança ambiental e alimentar, por serem naturalmente ocorrentes e específicos a insetos (não deixando resíduos nos grãos). Eles ajudam a preservar inimigos naturais (joaninhas, vespas parasitoides etc.), importante para o equilíbrio no campo. Outro benefício é a possibilidade de uso contínuo sem gerar resistência na mosca-branca tão rapidamente, pois atuam por mecanismos múltiplos (infecção, toxinas) e coevoluíram com os insetos, ao contrário de moléculas sintéticas de alvo único. Em algumas situações, os fungos podem se estabelecer no agroecossistema, fornecendo uma espécie de “controle de fundo” que reduz as reinfestações. Cabe salientar que produtores orgânicos podem utilizar esses bioinsumos livremente, mas mesmo na agricultura convencional eles são ferramentas estratégicas para reduzir a pressão de seleção de inseticidas químicos e manejar populações resistentes.

Limitações: A principal desvantagem é o tempo de ação mais lento. Diferentemente de um inseticida químico de contato imediato, fungos precisam de alguns dias para matar a mosca-branca. Em infestação explosiva ou em situação de epidemia de virose, esse intervalo pode ser crítico. Além disso, os fungos entomopatogênicos dependem de condições ambientais favoráveis – baixa umidade ou temperaturas extremas podem inativar os conídios antes de infectarem a praga. A radiação UV solar também pode matar os esporos na superfície das folhas; por isso, as aplicações ao entardecer ou uso de adjuvantes protetores (como óleos) são recomendados. Alguns estudos mostram que adicionar óleos vegetais ou emulsificantes pode aumentar a eficácia de M. anisopliae contra moscas-brancas, melhorando a adesão e sobrevivência dos conídios sobre a folha. Outra limitação prática é o custo e logística: produzir e formular microrganismos em escala requer tecnologia, e a vida de prateleira do produto pode ser menor que a de químicos (exigindo armazenamento adequado, longe de calor e umidade excessiva).

Modo de aplicação: A forma mais comum de aplicar esses bioinsumos é via pulverização foliar, utilizando equipamentos convencionais (costais, tratorizados ou aéreo). É crucial garantir cobertura uniforme, especialmente na face inferior das folhas onde se concentram ovos, ninfas e adultos da mosca-branca. Técnicas como uso de papéis hidrossensíveis ou corantes fluorescentes podem ajudar a calibrar a deposição da calda nas folhas. Adjuvantes espalhantes e adesivos são altamente recomendados para melhorar o contato do patógeno com o inseto. No caso dos fungos, a água da calda deve ter pH neutro e isenta de fungicidas; não se deve misturar pesticidas químicos incompatíveis (ex.: fungicidas triazóis, cobre, etc.) junto com os microrganismos, sob risco de matar os conídios na calda. Alguns inseticidas químicos, por outro lado, podem ser compatíveis – por exemplo, óleos minerais ou reguladores de crescimento podem, em certas combinações, ser usados com fungos entomopatogênicos. Sempre consulte informações do fabricante e pesquisas de compatibilidade antes de misturas em tanque.

Quanto à dose, pesquisas costumam usar concentrações altas (10^7–10^8 conídios/mL) para garantir boa chance de infecção. Comercialmente, os rótulos indicam doses em unidades formadoras de colônia ou gramas do produto por volume de água. É importante agitar constantemente o tanque para evitar decantação dos esporos e manter a suspensão homogênea. Após a aplicação, condições de orvalho ou irrigação leve podem favorecer a infecção fúngica (pela umidade), mas chuvas fortes logo em seguida podem lavar os agentes da folha – portanto, programar as pulverizações evitando previsões de chuva forte nas próximas 24 horas.

Perspectivas: O controle biológico da mosca-branca na soja e no feijão já é uma realidade técnica, com embasamento científico robusto. Novas pesquisas continuam aprimorando essas táticas – por exemplo, seleção de cepas de fungos mais termotolerantes e resistentes à radiação, desenvolvimento de formulações (microencapsulamento, óleos vegetais, etc.) que protegem os microrganismos, e uso de inóculo on-farm produzido na fazenda para reduzir custos. A integração desses agentes com outras medidas (cultivares resistentes, manejo cultural e controle químico seletivo) configura um MIP mais eficiente e sustentável, diminuindo as perdas por mosca-branca e contribuindo para a longevidade das tecnologias de controle.

Conclusão

O uso de agentes microbianos no controle da mosca-branca em soja e feijão deixou de ser apenas uma possibilidade teórica para se tornar uma estratégia aplicada, respaldada por evidências científicas. Produtos à base da bactéria Chromobacterium subtsugae e dos fungos Metarhizium anisopliaeIsaria fumosorosea e Beauveria bassiana apresentam eficácia comprovada, alcançando reduções significativas nas populações da praga em diferentes condições. Esses bioinsumos oferecem um controle mais seguro ao meio ambiente e à saúde do que inseticidas convencionais, além de atuarem de forma compatível com inimigos naturais. No entanto, eles requerem um manejo cuidadoso: entender suas limitações (como necessidade de umidade e tempo de ação) e adotar boas práticas de aplicação são passos fundamentais para o sucesso.

Com base nos estudos revisados, pode-se afirmar que nenhum agente isolado é bala de prata contra a mosca-branca, mas a combinação inteligente de ferramentas – biológicas, culturais e químicas – permite alcançar níveis de controle satisfatórios, reduzindo os prejuízos na cultura da soja e do feijão. Produtores e consultores devem, portanto, considerar esses bioinsumos como parte integrante de seus programas de manejo. A adoção crescente do controle biológico, aliada ao monitoramento rigoroso das lavouras e à intervenção no momento correto (nível de controle), resultará em sistemas produtivos mais equilibrados, rentáveis e sustentáveis a longo prazo. Em suma, a ciência tem mostrado que é possível conviver e controlar a mosca-branca com inimigos microscópicos poderosos, convertendo um desafio fitossanitário em uma oportunidade de inovar na direção de uma agricultura mais verde.

Referências: Estudos e dados técnicos citados ao longo do texto foram extraídos de artigos científicos revisados por pares e fontes confiáveis, incluindo resultados de pesquisas publicados em Crop ProtectionNeotropical EntomologyOpen Agriculture, entre outros, além de revisões abrangentes sobre o controle biológico de Bemisia tabaci. Essas evidências embasam as recomendações apresentadas, assegurando que o conteúdo aqui exposto reflita o estado-da-arte no manejo biológico da mosca-branca em culturas de grande importância econômica.

Citações

Potential of entomopathogenic fungi against whiteflies - Revista Cultivar

https://revistacultivar.com/articles/potential-of-entomopathogenic-fungi-against-whiteflies

Mean total no. (cm -2 ) whitefly nymphs (four instars combined) on the... | Download Scientific Diagram

https://www.researchgate.net/figure/Mean-total-no-cm-2-whitefly-nymphs-four-instars-combined-on-the-different-thirds_tbl1_333830608

Inseticida Natural: Um Guia Prático para o Controle de Pragas na Lavoura | Blog da Aegro

https://aegro.com.br/blog/inseticida-natural/

Efficacy of Betaproteobacteria-based insecticides for managing whitefly, Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae), on cucumber plants – DOAJ

https://doaj.org/article/9692fdf5716c4fd98521f3061c81eda5

https://www.researchgate.net/publication/344201400_A_Review_of_the_Biology_and_Control_of_Whitefly_Bemisia_tabaci_Hemiptera_Aleyrodidae_with_Special_Reference_to_Biological_Control_Using_Entomopathogenic_Fungi

(PDF) A Review of the Biology and Control of Whitefly, Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae), with Special Reference to Biological Control Using Entomopathogenic Fungi

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