Fungicidas biológicos com Bacillus velezensis, Pseudomonas fluorescens e Bacillus pumilus: proteção moderna e sustentável para soja, milho, batata, tomate e banana

A pressão por soluções agrícolas mais limpas, eficientes e competitivas nunca foi tão grande. Três bactérias — Bacillus velezensis, Pseudomonas fluorescens e Bacillus pumilus — estão na linha de frente dessa revolução, entregando controle real de doenças iniciais e aliviando a dependência de fungicidas químicos.


🌱 Por que esses microrganismos mudam o jogo?

  • Modos de ação múltiplos (antibióticos naturais, enzimas líticas, indução de resistência) → derrubam a resistência dos patógenos.
  • Menos resíduos ⟶ lavouras mais sustentáveis e produtos finais mais valorizados.
  • Compatibilidade com fungicidas sintéticos em programas de Manejo Integrado de Doenças (MID).
  • Efeito bioestimulante: plantas mais vigorosas e, muitas vezes, maior produtividade.

🔍 Resultados em campo e laboratório

Soja – mancha-alvo & antracnose

• Aplicando B. pumilus CNPSo 3203 logo nas duas primeiras pulverizações, a severidade caiu e o rendimento se manteve no mesmo patamar do fungicida químico — com até 2 aplicações a menos por safra.

Milho – cercosporiose, mancha-branca & ferrugens

B. pumilus antecipado no V4-V5 atrasou a infecção inicial; produtores relataram lavouras mais verdes e −50 % nas pulverizações químicas.

Batata – pinta-preta (Alternaria)

• Tratamento de tubérculos com P. fluorescens derrubou a doença de 72 % → 25 %. Produtividade saltou +42 %. Combinação com cobre entregou o MAIOR rendimento.

Tomate – mancha-alvo precoce

• Isolados de B. velezensis aplicados ainda no viveiro cortaram 50 % da severidade e permitiram menos uma estrobilurina no campo sem perdas de peso nem qualidade.

Banana – antracnose & fusariose

• Pós-colheita com B. subtilis reduziu 87 % da antracnose e prolongou a vida de prateleira.
B. pumilus no solo manteve 80 % das plantas sãs em áreas infestadas pelo Mal do Panamá (TR4).


🛠️ 5 passos rápidos para implementar

  1. Multiplique on-farm (pH 6,5-7,5, aeração constante, ≥ 1×10⁸ CFU mL⁻¹).
  2. Duas aplicações preventivas antes da primeira entrada de químico.
  3. Integre: biológico nas fases vegetativas, químico nos picos de pressão.
  4. Ajuste volume de calda para cobertura total.
  5. Monitore e use químico de suporte apenas se atingir nível de ação.

📈 Tendências & oportunidades

  • Registros em alta no MAPA para produtos à base de Bacillus e Pseudomonas.
  • Demanda crescente por alimentos com baixo resíduo.
  • Possibilidade real de redução de custos via multiplicação on-farm.
  • Peça-chave no manejo de resistência de patógenos.

✉️ Conclusão

Bacillus velezensis, Pseudomonas fluorescens e Bacillus pumilus já mostraram que entregam saúde de planta, corte de pulverizações químicas e ganhos de produtividade. Incorporar essa tecnologia viva no seu MID é dar um passo concreto rumo a uma agricultura mais rentável e sustentável.

Leia a pesquisa completa.